terça-feira, 22 de março de 2011

Importância da serenidade

A serenidade é um sentimento necessário a todo ser humano, no entanto é difícil praticá-lo.
Diante de um ser possuidor de serenidade, até os mais violentos se curvam. Digo isso porque já pude presenciar um determinado senhor que esbravejava com furor que até metia medo em quem os via. Sua mulher com muita cautela e revestida de calma, retrucava algumas palavras, porém num tom de voz que derrubou o deslocado gesto daquele marido.
Vendo isso refleti e constatei que só as pessoas que conseguem agir de forma moderada são capazes de ter paz de espírito. Levando-se em conta que construir um proceder nesse sentido no mundo imediatista e irreflexivo como está hoje, torna-se até impossível. Acredito que disso resulta uma educação em moldes familiar de bom senso e preocupação com o futuro dos filhos. Como diz sempre o Içami Tiba, “quem ama educa” e só o amor é capaz de edificar seres humanos dotados de serenidade, fraternidade e compreensão acreditando que o outro merece nosso respeito e atenção.

O chão de terra

Não faz muito tempo que em cada moradia existia sempre um quintal ou pomar como outrora se chamava. Hoje a maioria só quer morar em apartamento, mas ainda há muita gente morando em casas térreas. Mas uma coisa me chama atenção, é o uso indiscriminado de  cimento e cerâmica. Porém esse novo formato de habitação extinguiu o contato das pessoas com a terra. Nesses locais se plantava fruteiras, verduras, roseiras e ainda era o espaço onde as crianças brincavam de boneca, de casinha, cozinhado enfim uma gama de brincadeiras que ilustrava a memória delas e que hoje não mais existem. Como sempre houve a separação de menino e menina, os meninos jogavam bola de gude, fincão, pião e até muitas vezes eram o pai nas brincadeiras das meninas.
Mas os avanços nos trouxeram muitas novidades. Primeiro as meninas não brincam mais de boneca e sim de imitar os adultos, se vestem como tal  e o brinquedo que oferecem são os computadores e jogos.
Quanto ao título desta modesta crônica gostaria de refletir a falta que faz esse chão de terra. Primeiro não há como plantar nada e segundo o cimento e a cerâmica esquenta demais, contribuindo e muito com o aquecimento global.  E por fim até as minhocas que têm o seu papel de fertilizar a terra também ficaram sem chão.

Alcoolismo uma doença incurável

Eu considero que no mundo não existe uma doença mais e traiçoeira do que o alcoolismo. Principalmente porque quem a tem não admite e resiste até o fim a procurar ajuda, também não se sente doente.
Minha família tem casos e casos. Meu irmão faleceu aos quarenta e nove anos, bebeu desde os dezoito. Nunca quis ajuda. No seu casamento teve quatro filhos, onde dois são gêmeos e hoje estão com trinta e sete anos. São alcoólatras inveterados, e por incrível que pareça começaram junto com o pai. Segundo pesquisa grandes partes dos alcoolistas iniciam na sua própria casa. Pois bem um dos filhos vive com a mulher e uma filha, tem um emprego no município, mas bebe sempre. Chegando a ter diversas crises de convulsão.
O outro o caso é ainda mais difícil. Perdeu todo o patrimônio: tinha uma mulher, uma casa, dois empregos, um carro e uma filha. Hoje se encontra num quartinho nos fundos da casa da mãe no fundo do poço. Por esses dias foi acometido de vários sintomas de desidratação e outras conseqüências do álcool, mas não admite ir num hospital ou qualquer outro lugar. Sua filha de dezoito anos vive numa comunidade católica noutro estado  e soube da situação através de uma tia e veio ver o que podia fazer. Mas ele se recusa a qualquer coisa que seja levar a um médico.
Então, existe uma doença mais perigosa do que essa? O câncer, a AIDS enfim todas as pessoas até se compadecem, mas o alcoolismo gera raiva e desprezo das pessoas até de familiares, pois não é àtoa que existe o A-lanom, exatamente para apoiar os familiares.
É muito difícil!!!